quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Devaneio Consciente

Quem sou eu?
O mendigo deserdado...
A Rebimboca da Parafuseta...
O beijo de ontem não dado...

Quem sou eu?
Os lamentos da alma penada...
O Gol de bicicleta comemorado...
Outra morte para a bala...

Quem sou eu?
A vertigem do precipício grosseiro...
Aquela mosca sem sopa, de antes...
Ou o Dente de Leite sob o travesseiro...

Sim eu sou...
E pq não a erva tão caçada..?
O deleite do Canibal...
A Kafka do Escritor Barata...

Quem sou eu?
Os pecados de amanhã canonizados...
A elite da pobreza debaixo da ponte...
O suspiro dos amantes do adultério...

Quem sou eu?
Estúpido...
Egocêntrico...
Sintético...

Quem sou eu?
O vômito recém aproveitado...
Um biruta aos quatro ventos...
O Arcotetani do prego enferrujado...

Quem sou eu?
Aquele que foi...
Aquele que é...
Aquele que será...


Sim eu sou...
O alien da extraterra?
O robô escravizado...
Uma bolsa d'água reciclada...

Quem sou eu?
O Neto serelepe do futuro...
O Filho jogado de hoje...
O Pai severo do amanhã...

Quem sou eu?
Mero urubu na carcaça...
O Escarro do Mudo...
Ou o soco na tua cara...

Quem sou eu?
O Hipócrita confesso...
O intrépido no restelo...
A desordem do regresso...

Quem sou eu?
O orgasmo da volúpia...
O são no insanatório...
O Jegue sem a Mula...

Quem sou eu?
Sou aquilo que vc quer...
Sou aquilo que vc não deseja...
Eu sou a Lenda, como tantas outras!!!

Um comentário:

Tyr Quentalë disse...

Um tanto quanto diferente, mas extremamente contemporâneo. Ler este seu canto de poesias, me faz lembrar que nem tudo é floreios e que mesmo com esta forma tão moderna, ainda há poesia no dia-a-dia.