Nessa terra somos todos Demóstenes
a cada dia enfrentando as multidões
Engasgar em pedra ao rebento do mar
berrando ao ventos para os surdos ouvirem
Esperando de braços e abraços decepados
a mina terrestre ou a granada perdida nos achar?
Com alvos caricaturados em peles alvas
pele essa de cordeiros ou de ovelhas negras?
A escolha da questão é sempre tua, não de terceiros
e partindo do suposto que o mundo pode ser nosso
Pegue a vossa mochila, abarrotada de tralhas
decifra a Lua em busca das Evas sem migalhas
Evas daninhas com lábios venenosos e olhar ferino
mãos de punhais cravam-lhes unhas negras letais
Escarnificam a pele do senhor em sangria desatada
sangue puro, doce e cativante tão bem desejado
Derramando sangue na sarjeta ou em solo sagrado
profanador a morada das estrelas distantes
Tão equidistantes do seu corpo inerte, putrefato
e mente devassa do raio que sempre os parta
Ri aí, cagando e andando pro que eu digo?
ao menos limpe os dejetos por onde passar
Não faça como na história de João e Maria
pois cedo ou tarde, certeza que irão te achar!
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2 comentários:
Agressão à condição inoperante de quem pensa transformar o mundo.Um tão seu que nem lhe cabe a compreenção do imenso poder que descarta com seu grande contentamento com o pouco que colhe deste mundo.
adorei seu texto:voce é um pensador
Creio que vou devorar já já todo seu blogger, meu caro Guizo. A leitura de seus poemas apenas reafirma que talvez eu tenha que olhar o mundo por outro prisma.
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